CASO DO SARGENTO QUE SURTOU: NOTA DIVULGADA PELA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DA CLDF
"Brasília foi surpreendida na madrugada de domingo, 03 de dezembro, por um incidente que soa como uma sirene de alerta. O 2° Sargento Bombeiro Fabrício Marcos de Araújo, de 44 anos, apoderou-se de uma viatura da corporação, no 8° Grupamento de Bombeiros Militar, na Ceilândia, onde é lotado, e saiu, fazendo manobras arriscadas, em direção à Esplanada dos Ministérios.
Fabrício Marcos de Araújo ignorou as advertências da Polícia Militar depois de ser avistado pelos policiais e cumpriu o trajeto do 8° Grupamento até a Esplanada e só foi detido na Esplanada, quando os pneus da viatura foram atingidos.
Esta Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar, acompanhou o incidente com preocupação e busca - dentro do escopo institucional que orienta suas intervenções - alertar a sociedade e, em particular o comando das Corporações (Bombeiros e Polícia Militar do DF), para um quadro de tensão sobre seus profissionais, que se afigura grave.
A sociedade do Distrito Federal reconhece o trabalho inestimável que lhe prestam suas corporações. A Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa se soma à sociedade e, a partir do acompanhamento realizado ao longo desses três últimos anos, busca dialogar com os Comandos das Corporações e oferecer espaço para debater os problemas reais seja no que toca aos equipamentos, infraestrutura e, sobretudo, no que toca às condições de trabalho dos seus profissionais.
Entendemos que o incidente provocado pelo 2° Sargento deve ser registrado como um alerta para a sociedade e para o Comando da Corporação. A prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva porque, na avaliação do Juiz a ação, o Sargento “pôs vidas em risco e pela iminência de causar danos de grandes proporções ao local”. A defesa do Sargento Fabrício apresentou um relatório com exames psicológicos alegando que ele não teria condições para responder por suas ações. Fica a pergunta: como um profissional admirado e querido por seus colegas de farda, mas sem condições psicológicas de trabalhar segue em serviço? A serviço da população do DF?
A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar seguirá acompanhando o andamento desse processo e se coloca à disposição para contribuir com soluções adequadas e duradouras em benefício da Sociedade, das Corporações e dos profissionais que trabalham para garantir a segurança dos cidadãos e cidadãs do Distrito Federal.
Brasília, 04 de dezembro de 2017.
Deputado Ricardo Vale
Presidente da Comissão de Direitos Humanos – CLDF
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