ESTRESSE E ESTOPIM
PMDF
SAIBA OS MOTIVOS SOBRE O SURTO DE MILITAR QUE FURTOU CAMINHÃO DOS BOMBEIROS
DEFESA DO MILITAR IRÁ PEDIR A REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA
Por Mateus Rodrigues e Raquel Morais
Em nota, defesa cita frustrações recentes, como o suicídio de um colega e o insucesso ao salvar a mãe de outro bombeiro. Sargento pede 'imediato tratamento'; defesa vai pedir soltura nesta terça.
Em nota, Veiga afirma que o sargento "encontra-se perplexo com a situação e surpreso com o ocorrido". Segundo o advogado, a ação de Fabrício "decorre de um profundo sofrimento mental apto a retirar a própria sanidade do indivíduo".
A defesa do militar informou que vai pedir a revogação da prisão preventiva à Justiça do DF nesta terça-feira (6). Até as 19h, o sargento seguia detido no Núcleo de Custódia do Corpo de Bombeiros. Ainda na noite de domingo, após audiência de custódia, a Justiça local decidiu que ele deveria permanecer preso para evitar que o episódio se repetisse.
Ainda de acordo com o advogado, Fabrício Marques disse que jamais teria o intuito de causar danos ao Congresso, a si mesmo ou a outras pessoas. Ele também teria reconhecido "o excelente trabalho realizado pela Polícia Militar", que interceptou o veículo sem ferir o militar na direção.
A nota também diz que o sargento do Corpo de Bombeiros se mostrou preocupado com a repercussão do caso, e com os possíveis efeitos disso "em seus filhos menores. Fabrício, acima de tudo, pretende e solicita imediato tratamento".
Estresse e estopim
Mais cedo, Rodrigo Veiga já tinha dito acreditar que terrorismo, religião e política não seriam as motivações para a ação do militar. Até aquele momento, ele ainda não tinha identificado a possível razão dos crimes.
Segundo o advogado, o descontrole do sargento do Corpo de Bombeiros pode ter resultado do "extremo estresse" sofrido por policiais e bombeiros, diariamente, e pela falta de apoio psicológico desses profissionais.
No texto, a defesa cita dois episódios recentes que poderiam ter contribuído para esse quadro: Fabrício perdeu um "irmão de farda" recentemente, em um caso de suicídio, e se sentiu impotente ao não conseguir salvar a mãe de outro bombeiro, no plantão anterior.
Fonte: G1/BOMBEIROS DF
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