Morre cachorro que passou 11 anos visitando o túmulo de seu dono
Redação Pragmatismo Editor(a)
Morre cachorro que atravessou cemitério diariamente durante 11 anos para se deitar junto do túmulo de seu dono. Mesmo nos últimos momentos, sem visão e mal conseguindo andar, o animal não deixou de cumprir seu compromisso
Há 11 anos, o vira-lata Capitán atravessava diariamente o cemitério municipal da localidade de Villa Carlos Paz (província de Córdoba, Argentina) por volta das 18h para se deitar junto ao túmulo de seu dono, Miguel Guzmán. O fiel amigo tinha 16 anos. Sofria de insuficiência renal crônica, o que lhe provocava vômitos e um estado de sonolência. Havia perdido a visão e mal conseguia caminhar. Apesar disso, Capitán continuava cumprindo o seu compromisso de permanecer ao lado dos restos do seu dono. Os zeladores do local não o viram passear entre as tumbas, como de costume; em vez disso, o encontraram caído num banheiro do cemitério, sem vida.
Há uma década, os funcionários do cemitério começaram a observar as visitas pontuais desse cachorro preto. Em 2012, sua história se popularizou, e alguns meios de comunicação argentinos publicaram seu perfil. A fama ultrapassou fronteiras, e o programa francês 30 Million d’Amis viajou até o cemitério para gravar uma reportagem sobre ele. “Nota-se que gostava muito do seu dono, faz muitos anos que está por aqui. Vai para a sua casa, mas volta. Muitas vezes quiseram levá-lo embora, mas ele vem para cá”, comentou uma vendedora de flores do cemitério ao jornal local La Voz del Interior, primeiro veículo a falar sobre o animal.
Ainda hoje, quem o conhecia se perguntava como ele conseguiu encontrar o túmulo do seu dono. Segundo a família de Guzmán, o cachorro sumiu dias depois da morte do homem. Deram-no por perdido até que, um ano depois, durante uma visita ao cemitério, encontraram-no vigiando a sepultura. “Quando fomos com meu filho ao cemitério, o encontramos por lá. Damián começou a gritar, e o cachorro se aproximou de nós ganindo, como se chorasse”, relatou a viúva de Guzmán ao La Voz. A família contou que tentou levar o animal de volta para casa, mas após várias tentativas o bicho voltava para junto dos restos de seu dono.
Nos últimos anos de sua vida, a Fundação Protetora de Animais (FUPA) alimentava Capitán e se encarregava de cuidar da sua saúde.“Detectamos o problema renal nele há quatro anos, e todo este tempo estivemos cuidando dele com ração especial e medicamentos”, disse o veterinário Cristian Stempels, que tratou do cachorro até a sua morte.
Vários moradores de Villa Carlos Paz pediram que Capitán seja enterrado junto com Guzmán e que um monumento seja construído para recordar sua história. Por razões legais, fontes municipais anteciparam que é possível que seus restos sejam depositados em uma praça em frente ao cemitério. “Este cão nos dá uma lição. Os humanos deveriam valorizar mais as lembranças dos que se vão. Os animais nos ensinam muita fidelidade”, disse o diretor do cemitério, Héctor Baccega, ao jornal Clarín.
Nos últimos anos de sua vida, a Fundação Protetora de Animais (FUPA) alimentava Capitán e se encarregava de cuidar da sua saúde.“Detectamos o problema renal nele há quatro anos, e todo este tempo estivemos cuidando dele com ração especial e medicamentos”, disse o veterinário Cristian Stempels, que tratou do cachorro até a sua morte.
Vários moradores de Villa Carlos Paz pediram que Capitán seja enterrado junto com Guzmán e que um monumento seja construído para recordar sua história. Por razões legais, fontes municipais anteciparam que é possível que seus restos sejam depositados em uma praça em frente ao cemitério. “Este cão nos dá uma lição. Os humanos deveriam valorizar mais as lembranças dos que se vão. Os animais nos ensinam muita fidelidade”, disse o diretor do cemitério, Héctor Baccega, ao jornal Clarín.
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