PMDF avança na saúde, enquanto PCDF mantém policiais desassistidos
Da Comunicação Sinpol-DF
Além de possuir uma cadeia de assistência médica estruturada, a Polícia Militar do DF (PMDF) tem sido constantemente beneficiada na área da saúde: nesta semana, o Centro Médico (CMed) da PMDF recebeu novos equipamentos para a área de cardiologia.
Segundo o site da corporação, foram adquiridos um ecocardiógrafo 3D (48 ecocardiogramas e ecodoppler de carótidas), duas esteiras de teste ergométrico computadorizado (32 exames), 15 centrais de MAPA 24h (48 exames) e Holter 24h (30 exames). Além disso, houve a estruturação dos ambulatórios de alta complexidade e risco cirúrgico (24 vagas semanais).
Com isso, de acordo com o comunicado da PMDF, “além de possibilitar a realização de mais consultas aos usuários do CMed, a nova aquisição também vai garantir maior qualidade dos exames e um melhor acolhimento aos beneficiários do sistema de saúde da Corporação”.
Ainda segundo o site da Polícia Militar, “todos os equipamentos adquiridos são de última geração e foram licitados nos últimos oito meses com o apoio dos chefes do DSAP/DAM/CMED”.
Para o Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF), a iniciativa merece ser comemorada pelos policiais militares. Por isso, a diretoria do sindicato estende aos gestores da PMDF os cumprimentos pela dedicação em oferecer o que há de melhor aos servidores.
Ao mesmo tempo, os dirigentes do Sinpol-DF lamentam que o mesmo comprometimento e dedicação não sejam encontrados, hoje, na Polícia Civil do DF (PCDF). Conforme o sindicato vem reiteradamente denunciando, a assistência à saúde no âmbito da PCDF é precária: há apenas o atendimento prestado pela Policlínica, em algumas áreas da saúde.
A assistência no âmbito da instituição acaba por aí. Os policiais civis precisam pagar do próprio bolso o plano de saúde para disporem de uma cobertura melhor. Há, por outro lado, o “PCSaúde”, um sistema de reembolso de despesas com planos de saúde. Esse reembolso, contudo, além de ser absolutamente burocrático, tem valores que variam entre R$ 101,56 a R$ 124,33, no máximo.
É de se lamentar, ainda, que os recursos destinados anualmente pelo Fundo Constitucional à PCDF correspondam apenas a até 5% do que é investido na PMDF. A conjuntura poderia ser melhor para os policiais civis se a gestão da Polícia Civil demonstrasse mais preocupação com a saúde dos policiais civis.
Pelo contrário, a Direção Geral da PCDF mostrou-se, neste governo, omissa e subserviente. Foi assim não só com as negociações para a manutenção da paridade, mas, por exemplo, na retirada de recursos da Polícia Civil para outras áreas do GDF, ou com a condução da adesão da categoria ao Geap – iniciativa provocada pelo Sinpol-DF, mas que morreu na Procuradoria Geral do governo.
Enquanto se assiste ao progresso justo dos policiais militares, os policiais civis continuam enfrentando as agruras de um governo que tomou a categoria por inimiga apenas por reivindicar o que lhes é direito.
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