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Lideranças petistas pedem que Erika Kokay seja candidata ao GDF

CRÉDITO: LUIS NOVA/ESP. CB/D.A PRESS. BRASIL. BRASILIA - DF.

 Ana Viriato
CB.Poder

Com a dificuldade do PT em encontrar nomes de expressão para a disputa pelo GDF e formar alianças, alas lideradas por caciques partidários pediram, em carta aberta, que a presidente regional da legenda e deputada federal, Erika Kokay, desista do projeto de reeleição e entre no páreo. O apelo acontece a pouco mais de 30 dias do Encontro Regional da sigla, previsto para 22 e 23 de junho, quando correligionários devem definir os candidatos ao pleito deste ano.

O documento é assinado pelos distritais Chico Vigilante, Ricardo Vale e Wasny de Roure, além do ex-presidente do partido Roberto Policarpo e do ex-deputado federal Geraldo Magela. Os petistas destacam que alguns nomes colocaram-se à disposição do partido para a corrida pela sucessão do Palácio do Buriti, mas, “apesar das qualidades pessoais inquestionáveis, não empolgaram a militância e não foram capazes de produzir um consenso e uma unidade no partido”.

Por ora, apenas o bancário aposentado Afonso Magalhães mostra-se disposto a concorrer ao Executivo local. Antes dele, a diretora do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) Rosilene Corrêa havia proposto a pré-candidatura. A sindicalista, que também não alcançou unanimidade na sigla, entretanto, recuou e justificou a desistência com a necessidade de fortalecimento da entidade que comanda.
Na carta aberta, as lideranças relembram, ainda, que, durante evento no Teatro dos Bancários, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, havia defendido o nome da parlamentar como candidata a governadora. “Chegou o momento de ouvir o Lula no Distrito Federal. A vontade, a coragem e o exemplo do companheiro Lula deve nos inspirar”, pontuam.

Tiro no escuro

Com a prisão do ex-presidente Lula por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do Triplex do Guarujá, caciques petistas preferiram trabalhar em projetos menos arriscados, como a eleição aos cargos de deputado federal e distrital. Eles avaliam que, sem a maior liderança do partido em comícios na capital, o apoio do eleitorado deve cair de forma considerável.

A preocupação é justificável. Em Brasília, desde o início das eleições diretas, a centro-direita, capitaneada por Joaquim Roriz e José Roberto Arruda, saiu vitoriosa na maior parte das vezes, enquanto o PT emplacou apenas dois governadores: Cristovam Buarque e Agnelo Queiroz. Assim, petistas consideram essencial a presença de um puxador de votos no palanque.

Ex-ministro de Lula, Agnelo contou com a participação do ex-presidente em diversos comícios em 2010, quando venceu Weslian Roriz, esposa do ex-chefe do Buriti. Quatro anos depois, recebeu o mesmo apoio, mas, devido à má-avaliação da gestão, não se reelegeu.

Outro fator dificultante ao partido na capital, neste ano, é a sequência de operações com a mira em Agnelo Queiroz. Segundo investigações da Polícia Federal, ele participou de um esquema de direcionamento de licitação e desvios de recursos nas obras do Estádio Nacional Mané Garrincha e do BRT Sul. O ex-governador nega as irregularidades
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