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MORTES DE POLICIAIS E MORTES POR POLICIAIS: COLOCANDO AS COISAS NOS DEVIDOS LUGARES




A associação dos militares estaduais do Brasil (AMEBRASIL) repudia com veemência qualquer tentativa de equivalência moral entre os tombados em nome da causa da segurança pública e os que opõem letalmente a manutenção da lei, da ordem e da paz social. Já basta de demonização de uma das poucas categorias profissionais cujo compromisso com a sociedade brasileira inclui o sacrifício da própria vida.

A constante demonização das forças policiais por determinados setores da sociedade brasileira não tem limites. Em algumas unidades federativas, caso do Rio de Janeiro e São Paulo, funerais de policiais passaram a ser uma rotina, algumas vezes em dias seguidos. A todas essas, certas manchetes (atualmente já bem conhecidas por sua repetição…) sistematicamente tratam os protagonistas de enfrentamentos com a polícia como “pessoas”, buscando sutilmente generalizar ao restante da nação uma vitimização genérica e descabida – “Uma mentira repetida mil vezes passa a ser verdade”. De igual maneira, e também na “sutileza”, os policiais que protagonizam o enfrentamento contra os agentes do crime e da violência (os mesmos policiais que logram saírem vivos do enfrentamento…) são prontamente identificados, expressa e vivamente, como agentes do Estado, quando usualmente sãoantagonizados e alvejados tão somente pelo fato de serem policiais. Salta aos olhos a tragédia recente da morte da policial catarinense (Polícia Militar de Santa Catarina) Caroline Plescht, brutalmente assassinada em Natal em 26 de março de 2018. Caroline morreu simplesmente por ter sido identificada como policial por seus executores, mesmo estando milhares de quilômetros distante do seu local de atuaçãoprofissional.

Não existe equalização possível entre aqueles que buscam o enfrentamento com os agentes da lei e da ordem e crianças alvejadas ainda no ventre das mães, pessoas (milhares delas…) idosas e vulneráveis que são mortas depois de arrancadas de dentro de seus veículos ou residências, assim como outros milhares de homens e mulheres de bem que sistematicamente são agredidos e mortos no interior dos seus próprios locais de trabalho. Ninguém está a salvo! Não há estatística capaz de mudar o “Medo do Crime”, algo que já vai plasmado nos corações e mentes da nação inteira. Não sem razão o bordão de que “Existem mentiras, grandes mentiras e, ao extremo, estatísticas”. Nessa mesma linha, foi montada uma verdadeira indústria de “fake news de alto nível”, sustentando teses supostamente científicas que rendem manchetes, contra as quais até mesmo as “pessoas de senso comum” aprenderam a questionar reativamente, por força do medo e opressão pela insegurança. “O povo não é bobo”… Tudo isso faz parte de uma “agenda político-ideológica” em que os lobos vestem pele de cordeiro e as verdadeiras vítimas são condenadas ao ostracismo e desmoralização sistemática.

Está muito mais enganado quem pensa que o povo pode continuar a ser enganado, mesmo depois de dezenas de milhares de brasileiros sendo mortos por força do crime e da violência. A única tese hoje sustentável, com ou sem estatísticas, é a de que a criminalidade tem de ser parada. E esse “trabalho sujo”, tão detratado e demonizado, vai continuar a ser feito por policiais (civis, militares, estaduais, federais, etc.), mesmo a um custo altíssimo para a comunidade de operadores da segurança pública. É notável que as mesmas forças político-ideológicas que detratam os agentes da segurança pública não se permitam viver sem eles. Um episódio recente, a esse respeito, deixou transparente a aplicação dosadágiospopulares de que “Farinha pouca, meu pirãoprimeiro” ou “Faça o que eu digo e não faça o que eu faço”. Foi-se o tempo em que malabarismos argumentativos podiam aplacar a dúvida de muitos por força de opiniões ardilosas de alguns poucos. A tradicional indústria de “fake new de alto nível” não convence mais – O rei está nu: “Você pode enganar uma pessoa por muito tempo, algumas por algum tempo, mas não consegue enganar todas por todo tempo. ”

A AMEBRASIL, em nome de um compromisso inarredável vai continuar pranteando seus mortos junto com a maioria da nação brasileira. Eles merecem nosso respeito e eterna homenagem!


Wellington Corsino do Nascimento – Cel RR PMDF

Presidente da Associação dos Militares Estaduais do Brasil

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