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Aproveitando a experiência dos Policiais mais antigos


Uma das profissões que mais exige a transmissão de conhecimentos é a do policial militar. Não que um policial formado não esteja pronto, ele está tecnicamente pronto, mas a natureza do nosso serviço somado a uma legislação um tanto quanto elástica cria muitas situações com um número enorme de possibilidades de resolução de ocorrências.
Quando saímos do curso de formação nos achamos imbatíveis, com nossa arma no coldre, nosso colete balístico e todo o conhecimento jurídico acumulado em nosso cérebro. Mas basta nos deparamos com a primeira ocorrência que percebemos que estamos só iniciando em um profissão complexa e cheia alçapões na cobrança do cumprimento da LEI. Temos que ter um equilíbrio entre o conhecimento técnico através do nosso código penal, código penal militar, código processual penal, código processual penal militar, legislações como Estatuto da criança e do adolescente (ECA), estatuto do IDOSO, legislações estaduais como uma que proíbe cães de grande porte sem focinheira (sim, isso faz parte do serviço do policial), entre outros e a experiência o que nos auxilia na aplicação dessas leis nas demandas do dia a dia.
Agora para que as experiências sejam passadas não pode haver intervalos tão grandes no ingresso de policiais nas corporações. Quando ocorrem esses grandes intervalos a demanda por policiais aumenta e dão entrada nas corporações um número muito grande de profissionais o que impede uma gradual adaptação com um número equilibrado de policiais antigos e novos. Da forma que está sendo feito com concursos para mil, dois mil, três mil profissionais de uma vez só formam-se equipes com apenas policiais novos que tem que aprender a trabalhar sem a experiencia dos mais antigos, o que não é impossível, mas que traz muitas dificuldades a mais para uma profissão que de simples não tem nada.
Uma gestão mais adequada, com um planejamento de longo prazo poderia contribuir para a eliminação desse problema com o ingresso anual de grupos de 300 ou até mesmo 500 policiais, e não passando 5 a 10 anos sem concursos como ocorre ainda hoje. a experiencia de um policial de rua é algo que não pode ser criado em laboratório nem apostilado, tem que ser passado conforme os serviços vão passando. Um antigo de rua tem muito a passar, inclusive apontando seus erros passados, que as vezes lhe custaram muito. Que as novas turmas e a atual gestão saibam dar valor à experiência dos mais antigos que ainda insistem em permanecer nas ruas apesar de tudo ser contra a atividade do policial no Brasil hoje em dia.
Resiliência Policial
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