Entidades policiais civis emitem Nota Conjunta contra entidades de direitos humanos
Sobre a morte de mais um policial – dessa vez Eduardo Freire Pinto Guedes, conhecido como Paquetá – Texto de um amigo circula nas redes sociais do pessoal de segurança pública.
“Filho, cuida da tua mãe. Você vai ser o homem da casa. Eu vou morrer”.
Segundo um amigo, essas foram as últimas palavras do inspetor Eduardo Freire Pinto Guedes Filho, mais conhecido como Paquetá, 47 anos, que morreu após ser baleado durante uma tentativa de assalto, no Engenho de Dentro, na Zona Norte do Rio, na manhã desta quarta-feira, dia 27 de junho.
Lotado na Coordenadoria de Fiscalização de Armas e Explosivos (Cfae), ele voltava do mercado carregando sacolas de compras e já tinha entrado no portão de sua casa quando foi abordado pelo bandido. Pelas frestas da porta de ferro, o criminoso apontou uma arma para o policial, que chegou a tirar o cordão para se entregar. Atingido no tórax, Paquetá ainda foi socorrido e levado para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, mas não resistiu. O assassino fugiu com o comparsa que o aguardava em uma moto.”
Nos últimos dias mais policiais foram assassinados no Estado do Rio de Janeiro. Nota de entidades associativas expressam a indignação das categorias contra o que vem acontecendo. O teto critica ONGS, “especialistas” e chama a intervenção federal de OMISSÃO FEDERAL.
NOTA OFICIAL CONJUNTA
As Diretorias:
Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro
Coligação dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro
Associação dos Peritos Oficiais do Estado do Rio de Janeiro
Associação dos Papiloscopistas Policiais do Estado do Rio de Janeiro.
É com profundo pesar que o SINDPOL-RJ, a COLPOL-RJ, a APERJ e a APPOL-RJ vêm comunicar mais um assassinato de um Policial Civil, desta vez do Inspetor EDUARDO PAQUETÁ, na porta de sua casa, no dia de hoje (27/06), por volta das 09h40min. Um pouco antes, outro agente da PCERJ, Oficial de Cartório MARCUS AURELIO GARCIA, também sofrera uma emboscada de criminosos durante seu deslocamento para a 20 DP, local em que assumiria o plantão, sendo alvejado por 06 (seis) tiros. Em ambos os casos, não foram registradas, mais uma vez, manifestações de ONGs, movimentos sociais, comissões de Direitos Humanos, especialistas, interventores, governador, entre outras autoridades, sobre esses graves atentados ao Estado Democrático de Direito.
Desde o início do ano, passando pela intervenção (ou seria omissão federal?), já são dezenas de policiais civis e militares assassinados pelo simples fato de terem optado por uma das profissões mais perigosas do mundo, a de membro das forças de segurança do RJ.
Todos esses atos covardes são praticados por criminosos que, convictos da impunidade, atacam os agentes da lei impiedosamente. Difícil não acreditar que os policiais são caçados deliberadamente em nosso Estado quando os ataques se tornam comuns, à luz do dia e na porta de casa ou no deslocamento ao trabalho.
A sensação geral dentro da Polícia Civil do RJ é que seus integrantes estão largados à própria sorte, sem qualquer respeito a seus direitos fundamentais. Afinal, não temos instalações físicas decentes, o serviço de faxina continua suspenso, os insumos utilizados são, em sua maioria, provenientes de “doações”, as decisões judiciais sobre promoções e aumento da alíquota para 14% são solenemente ignoradas pelo governo, o RAS continua não sendo pago (e ainda temos que provar agora que o fizemos, numa inversão total de valores) e a nossa morte é tratada com absoluta indiferença e desprezo pelas autoridades constituídas. É preciso menos palavras e mais ações, a defesa institucional não pode ser feita exclusivamente pelas entidades de classe. Os gestores precisam se posicionar claramente e sem meias palavras em defesa dos policiais e não apenas em casos de repercussão pela pressão de movimentos sociais. Se Marielle está presente, os policiais e pais de família Xingu, Lemos e Paquetá não estão? As dezenas de colegas PMs também não estão presentes? Estes são os nossos heróis, abandonados pelos governantes, números nas estatísticas, mas nunca esquecidos por seus irmãos de farda e distintivo!
Enquanto isso a Defensoria Pública está mais preocupada em retirar a cobertura aérea que protege os policiais e os cidadãos nas operações em áreas de altíssimo risco!
Diante desse cenário sombrio, os policiais civis do RJ exigem que as autoridades da segurança venham a público para se manifestar de forma clara e objetiva sobre o descumprimento das aludidas decisões judiciais, sobre as iniciativas governamentais para prevenir que outros ataques às forças policiais ocorram e sobre o empenho que será dedicado à elucidação de mais dois ataques à vida de policiais civis do RJ (um na porta de casa e outro se dirigindo ao trabalho).
Acreditamos que as citadas autoridades não encontrarão dificuldades para atender ao clamor da nossa categoria, que grita através dos seus representantes, bastando seguir o mesmo “protocolo” (palavra da moda) quando se está diante de “casos de repercussão”, o que, a toda evidência, não parece ser um conceito que contemple o assassinato de policiais e a violação de seus direitos mais elementares.
Rio de Janeiro
Desde o início do ano, passando pela intervenção (ou seria omissão federal?), já são dezenas de policiais civis e militares assassinados pelo simples fato de terem optado por uma das profissões mais perigosas do mundo, a de membro das forças de segurança do RJ.
Todos esses atos covardes são praticados por criminosos que, convictos da impunidade, atacam os agentes da lei impiedosamente. Difícil não acreditar que os policiais são caçados deliberadamente em nosso Estado quando os ataques se tornam comuns, à luz do dia e na porta de casa ou no deslocamento ao trabalho.
A sensação geral dentro da Polícia Civil do RJ é que seus integrantes estão largados à própria sorte, sem qualquer respeito a seus direitos fundamentais. Afinal, não temos instalações físicas decentes, o serviço de faxina continua suspenso, os insumos utilizados são, em sua maioria, provenientes de “doações”, as decisões judiciais sobre promoções e aumento da alíquota para 14% são solenemente ignoradas pelo governo, o RAS continua não sendo pago (e ainda temos que provar agora que o fizemos, numa inversão total de valores) e a nossa morte é tratada com absoluta indiferença e desprezo pelas autoridades constituídas. É preciso menos palavras e mais ações, a defesa institucional não pode ser feita exclusivamente pelas entidades de classe. Os gestores precisam se posicionar claramente e sem meias palavras em defesa dos policiais e não apenas em casos de repercussão pela pressão de movimentos sociais. Se Marielle está presente, os policiais e pais de família Xingu, Lemos e Paquetá não estão? As dezenas de colegas PMs também não estão presentes? Estes são os nossos heróis, abandonados pelos governantes, números nas estatísticas, mas nunca esquecidos por seus irmãos de farda e distintivo!
Enquanto isso a Defensoria Pública está mais preocupada em retirar a cobertura aérea que protege os policiais e os cidadãos nas operações em áreas de altíssimo risco!
Diante desse cenário sombrio, os policiais civis do RJ exigem que as autoridades da segurança venham a público para se manifestar de forma clara e objetiva sobre o descumprimento das aludidas decisões judiciais, sobre as iniciativas governamentais para prevenir que outros ataques às forças policiais ocorram e sobre o empenho que será dedicado à elucidação de mais dois ataques à vida de policiais civis do RJ (um na porta de casa e outro se dirigindo ao trabalho).
Acreditamos que as citadas autoridades não encontrarão dificuldades para atender ao clamor da nossa categoria, que grita através dos seus representantes, bastando seguir o mesmo “protocolo” (palavra da moda) quando se está diante de “casos de repercussão”, o que, a toda evidência, não parece ser um conceito que contemple o assassinato de policiais e a violação de seus direitos mais elementares.
Rio de Janeiro
Revista Sociedade Militar/Defesa.net
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