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Série Pilotagem Policial: Viatura policial não é carro!


Por Redação

Ultimamente estamos vendo muitos vídeos e alguns posts sobre viaturas policiais, alguns denunciando a situação das suas corporações e outros pegando o exemplo americano como paradoxo.
O blog do Halk vem agora com uma série de matérias sobre viaturas policiais e pilotagem policial, contando com a ajuda de amigos pelo mundo.
Nos últimos anos nosso colaborador Sub Tenente Alan Campos da PMDF vem estudando e pesquisando sobre as viaturas policiais, dos seus estudos surgiu o emprego do termo Pilotagem Policial que nada mais é que a aplicação de técnicas de direção defensiva, evasiva, ofensiva e protetiva de forma indissociável à atividade profissional policial de condução veicular.
ST Alan Campos - PMDF
Durante os estudos teve a oportunidade de ser certificado como instrutor na mais renomada escola de direção policial americana em Michigan, viajou pelo Brasil a fim de estudar as formações e aplicações de técnicas nos diversos estados, foi um dos criadores do Curso de Pilotagem Policial na PMDF em Brasília. Foi a Europa compreender a aplicação dos conhecimentos de condução na atividade policial.
Este trabalho vem gerando algumas definições e formas diferente de abordagem na questão da pilotagem policial as quais aqui vamos trazer a que se tornou base de todo o trabalho.
A viatura policial é ambiente e instrumento de trabalho. O que passamos a apresentar.
Ambiente de trabalho
O policial passa nos dias de hoje de 6 a 24 horas dentro de uma viatura policial, onde ele desenvolve várias atividades como: procedimentos administrativos como confecciona relatórios e termos circunstanciados, realiza oitivas e as registra informações nos sistemas digitais do judiciário, transporta vitimas de agressão e materiais apreendidos, muitas vezes por questões de segurança até suas refeições são realizadas no interior da viatura.
Então se os policiais passam realizam grande parte do seu trabalho no interior se torna um ambiente de trabalho e por tal precisa de atenção especial em várias questões que um simples carro utilizado como meio de locomoção não necessita.
Como por exemplo:

Proteção solar – O Brasil é um país onde a incidência solar é grande e o policial é exposto diretamente a esta radiação durante todo o tempo de trabalho embarcado ou não.  O melanoma ou câncer de pele causado pelo sol é o câncer mais frequente no Brasil e corresponde a 30% de todos os tumores malignos registrados no país, segundo o INCA.
Radiação Solar no Mundo
Ergonomia interna – Durante todo o tempo que o policial está no interior da viatura ele está sentado e sempre se encontra equipado. As dimensões internas, bancos, volante e cinto de segurança entre outros, são pensados nos carros pensados para pessoas com vestimentas comuns e sem restrições de movimentação. Com isso o policial é submetido a longos períodos assentado de forma errada, trazendo desde problemas de circulação até graves problemas de coluna.
Interior do Ford Interceptor
Proteção acústica – É sabido por todos que o barulho pode causar desde problemas de irritação até graves doenças como agentes motivadores e agravantes. O interior do veículo, por mais preparado que seja não deixa o habitáculo em níveis de ruído aceitáveis para o ser humano, levando o policial a um estado de estresse sempre elevado.
Proteção contra riscos à vida – Por serem utilizadas de forma dinâmica e arriscada, as viaturas são empregadas desde simples deslocamentos até como anteparo balístico. Desta feita tem que proteger o bem mais precioso que é a VIDA dos civis e policiais que as utilizam, assim se faz necessário que o habitáculo seja projetado de forma especial como reforço estrutural e anteparo de proteção balística. Com isso precisa-se de dimensões apropriadas para a instalação de tais equipamentos.
Então devemos pensar as viaturas policiais como ambiente de trabalho e seguindo estas linhas gerais fazer alterações desde a estrutura até o sistema digital embarcado.
Modificações estruturais/Ford Interceptor


No próximo post . . . .
Viatura policial como instrumento de trabalho.



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4 comentários

  1. Parabéns ao Sub Tenente Alan, uma pessoa séria e comprometida com o desenvolvimento profissional dos nossos policiais!

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  2. Muito bom os comentarios e estudos sobre as vtrs...Pessoal podia entender que com policias em melhores condições e instrumentos de trabalho o serviço renderia e seria muito melhor!

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  3. Aqui é Brasil, muito, muito diferente dos países do primeiro mundo onde vemos viaturas com apenas um policial que é respeitado, que por sua vez se da respeito, aqui no Brasil a justiça ouvi primeiramente o infrator " o meliante " aí depois o polícia e temos um judiciário rápido que realiza rápido a sua parte que cabe no processo para prender ou absolver o réu, e outra aqui no Brasil um policial que danificar qualquer objeto desse prefixo vai sobrar com toda certeza pra rabiola do policia que já ganha "bem"

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