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Universidade estadual cria cotas para transexuais, travestis e transgêneros

A universidade vai oferecer 5% de vagas adicionais para cada grupo, além das vagas que já são ofertadas em cada curso de graduação e pós-graduação. Hoje, a Uneb destina 40% delas para candidatos pretos e pardos e 5% para indígenas
Com a mudança, o sistema de cotas da instituição passará a contemplar vagas para transexuais, travestis e transgêneros. Quilombolas, ciganos e portadores de deficiência, transtorno do espectro autista e altas habilidades também serão contemplados
A Universidade do Estado da Bahia (Uneb) anunciou a adoção de cotas para estudantes transgêneros na graduação e pós-graduação. O novo critério de seleção entrará em vigor já em 2019 em todos os processos seletivos abertos pela instituição para cursos de graduação e pós-graduação.

Com a mudança, o sistema de cotas da instituição passará a contemplar vagas para transexuais, travestis e transgêneros. Quilombolas, ciganos e portadores de deficiência, transtorno do espectro autista e altas habilidades também serão contemplados.

“Pioneira na implantação de sistema de cotas étnico-raciais entre as instituições da região Nordeste, a UNEB dá mais um importante passo na consolidação de sua política de ações afirmativas”, justificou a universidade em nota enviada à Gazeta do Povo. 
A universidade vai oferecer 5% de vagas adicionais para cada grupo, além das vagas que já são ofertadas em cada curso de graduação e pós-graduação. Hoje, a Uneb destina 40% delas para candidatos pretos e pardos e 5% para indígenas. 

“Por se tratar de sobrevagas (vagas adicionais), as novas cotas não alteram o percentual de 60% do total de vagas que é destinado atualmente a candidatos não-cotistas”, destaca a instituição. 
Unanimidade 

Ainda de acordo com a instituição, a ampliação do sistema de cotas para outros grupos discriminados foi uma decisão unânime do Conselho Universitário da Uneb, instância deliberativa máxima da universidade.
“Esta é mais uma deliberação histórica do Conselho Universitário, aprovando proposta de nossa gestão. A medida vem consolidar a UNEB como uma grande universidade pública inclusiva e popular, presente em praticamente todo o estado da Bahia”, declarou o reitor José Bites durante reunião do Conselho Universitário.

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