BRASIL
CAOS NA SEGURANÇA
GREVE
PMDF
A intervenção federal no estado já havia sido pedida, em novembro, pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em virtude do risco de rebeliões em unidades prisionais. Em seu pedido, a PGR descreveu situações, baseadas em relatórios do Ministério Público, como falta de separação entre detentos de regimes aberto, semiaberto e fechado; atraso no pagamento de salários de agentes penitenciários; falta de servidores; fornecimento de comida azeda e insuficiente aos presos; falta de combustível para transportar os presos para audiências; descontrole da administração das unidades; tortura e fugas de detentos.
Policia militar para em Roraima e Temer decreta intervenção federal
Agentes penitenciários e policiais civis de Roraima deflagraram greve de 72 horas, em repúdio aos meses de salários atrasados. Embora sejam oficialmente impedidos de entrar em greve, devido à hierarquia militar, os PMs receberam apoio das esposas, que bloquearam entradas e saídas de batalhões nesta sexta em protesto ao calote salarial.
Conforme explicou o presidente da República, a única saída para o impasse com as forças de segurança foi decretar a intervenção, em comum acordo com a governadora Suely Campos. “Há pouco falei com a senhora governadora e disse que a única hipótese para solucionar essa questão, especialmente aquela de natureza salarial, seria decretar a intervenção até a posse do novo governador. Ela acha que de fato a situação está se complicando e que a melhor solução seria essa. Com isso queremos pacificar as questões de Roraima”, disse o presidente, em breve pronunciamento nesta noite.
“Nós queremos pacificar as questões de Roraima, é uma intervenção de comum acordo com a senhora governadora. Temos convicção de que com essa intervenção o movimento fique mais compreensivo, porque afinal, especialmente forças militares e todos aqueles que se dedicam a tarefas públicas têm que pensar na população de Roraima”, disse Temer.
A intervenção federal no estado já havia sido pedida, em novembro, pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em virtude do risco de rebeliões em unidades prisionais. Em seu pedido, a PGR descreveu situações, baseadas em relatórios do Ministério Público, como falta de separação entre detentos de regimes aberto, semiaberto e fechado; atraso no pagamento de salários de agentes penitenciários; falta de servidores; fornecimento de comida azeda e insuficiente aos presos; falta de combustível para transportar os presos para audiências; descontrole da administração das unidades; tortura e fugas de detentos.
Quatro dias depois, o Executivo federal assinou acordo de cooperação com o governo do estado, no qual transferiu as gestões administrativa, financeira e orçamentária dos sistemas carcerário e socioeducativo do estado para a União, até o dia 31 de dezembro de 2018. O acordo foi um meio-termo ao pedido feito pela procuradora-geral da República. Agora, será suplantando pelo decreto de intervenção.
Temer recebeu os ministros do Gabinete de Segurança Institucional, Sergio Etchegoyen; do Planejamento, Esteves Colnago; da Advocacia-Geral da União, Grace Mendonça; e dos Direitos Humanos, Gustavo Rocha; para tratar do assunto. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, também esteve no encontro que precedeu o anúncio da intervenção.
As informações acima são do Metropoles
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