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Caiu a máscara? Moro colabora com a OAB em avaliação sobre impeachment de Bolsonaro



Se para muitos apoiadores do ex-ministro Sérgio Moro faltavam evidências suficientes para atestar que a sua renúncia ao cargo no governo Bolsonaro foi, também, por motivação política, a notícia abaixo poderá mudar essa visão.

Isso porque Sérgio Moro aceitou colaborar com a Comissão de Estudos Constitucionais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que avalia a possibilidade de pedir ou não o impeachment do presidente Jair Bolsonaro.

A Comissão enviou um pedido ao ex-ministro para que ele preste mais esclarecimentos acerca das suas acusações contra Bolsonaro. Pedido semelhante também foi feito ao presidente da República.

Entretanto, como não se tratam de convocações judiciais, Moro e Bolsonaro têm a liberdade de recusar o convite. O presidente até então não se pronunciou sobre o caso e provavelmente não o fará. Já Sérgio Moro...

O ex-ministro aceitou o convite, informou a Veja, ciente de que o pedido de informações tem como objetivo o estudo sobre um eventual pedido de impeachment. Ocorre que Moro já foi ouvido pela Polícia Federal no último sábado (02), a pedido do Supremo Tribunal Federal.

Ou seja, se Moro já tem às suas acusações sendo avaliadas no âmbito judicial, por qual motivo o ex-ministro se interessaria em colaborar com uma Comissão que estuda pedir ou não o impeachment de Bolsonaro? Interesses políticos?

Ora, o que o ex-ministro vem demonstrando desde a sua coletiva de imprensa em 24 de abril, onde jogou uma "bomba" no Planalto e já no mesmo dia forneceu prints de conversas privadas pelo celular para à rede Globo, não parece ser outra coisa senão um comportamento politicamente motivado.

Por qual razão Sérgio Moro não esperaria o resultado da perícia feita pela Polícia Federal sobre o material que apresentou até então, a pedido do STF? Não seria mais razoável da sua parte, em vez de querer "vazar" informações para a mídia (entrevistas) ou mesmo colaborar com a OAB em caráter não oficial?

O motivo, aparentemente, é simples: Moro sabe que um pedido e processo de impeachment é muito mais político do que judicial.

Ele sabe que se o Congresso Nacional decidir abrir o processo de afastamento de Bolsonaro, não dependerá de crimes de corrupção para tal, mas tão somente do apoio massivo da oposição/mídia, da aparelhada OAB e das especulações feitas por ele mesmo.

Moro apenas se antecipa, recorrendo ao plano "b".
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