Caso bem-sucedido na América Latina, Uruguai enfrenta covid-19 sem quarentena obrigatória e uso de máscaras
Marcia Carmo
Apesar de não ter declarado quarentena obrigatória ou exigido o uso em massa de máscaras contra a expansão do novo coronavírus, o Uruguai tem conseguido manter índices baixos de casos da covid-19 e leitos de UTI desocupados.
É o oposto do que tem acontecido em países como Brasil e Chile, entre outros países da América do Sul, onde o número de vítimas da doença e problemas no sistema de saúde têm gerado preocupações.
Os resultados uruguaios levaram o presidente Luis Lacalle Pou a anunciar, na semana passada, o retorno às aulas presenciais a partir de junho, após dois meses de paralisação das escolas e universidades. A decisão de permitir o retorno das crianças ao colégio, disse, será dos pais ou dos seus responsáveis.
"O retorno é voluntário. Analisamos a situação com um grupo de especialistas e vimos que o risco da volta às aulas é mínimo", disse Lacalle Pou.
Em entrevista à BBC News Brasil, o ministro da Saúde, o médico neurologista Daniel Salinas, explicou que as medidas do governo são tomadas a partir das orientações de um grupo de médicos de diferentes áreas, farmacêuticos, engenheiros, matemáticos e profissionais de estatísticas, entre outros, que avaliam os riscos de proliferação do vírus e seus impactos.
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