Eficácia da Coronavac será questionada na Justiça e médicos sugerem imunização com outras vacinas
O recente resultado da eficácia da vacina Coronavac do Instituto Butantan/Sinovac divulgado pela Estado de São Paulo, deve causar uma enxurrada de processos judiciais. Isso se deve ao fato da baixa eficiência do imunizante importado da China, que varia entre 3% e 50%, para pessoas de 70 a 80 anos. Pessoas que tomaram as duas doses da Coronavac estão requerendo uma nova imunização com doses de outros laboratórios.
Recentemente dois médicos da Academia Maranhense de Medicina vieram a óbito em decorrência da covid-19, mesmo após tomarem duas doses da Coronavac. Luciane Maria Oliveira Brito e José Manoel Ribeiro Bastos perderam a vida, acreditando estarem imunizados contra a doença causada pelo Sars-Cov-2.
Médicos de todos os estados brasileiros argumentam que é necessária a correção da imunização das pessoas que foram vacinadas contra covid-19 através da Coronavac. Cientificamente já tem comprovação, que doses de outros laboratórios podem ser aplicadas em indivíduos que recentemente tomaram a vacina do Butantan.
Por conta disso, pessoas interessadas em garantir uma imunização eficaz podem ingressar na Justiça para garantir uma nova aplicação de vacinas de outros laboratórios. Hoje no Brasil são disponibilizadas além da Coronavac, vacinas da AstraZeneca/Fiocruz e Pfizer.
Um aumento da taxa da doença no Brasil e no Chile, países que adotaram vacinas chinesas mostram um aumento do número de casos da covid-19, e esse é mais um argumento que pode ser utilizado para reaplicação de doses em pessoas vacinadas com a vacina Coronavac. O professor Ian Jones, virologista da Universidade de Reading, disse que os números do Chile sugerem que as vacinas chinesas “não serão suficientes para impedir a circulação do vírus”.
As autoridades de saúde da China reconheceram que a eficácia de suas vacinas não era ideal, em uma rara admissão pública no fim de semana. Gao Fu, diretor do Centro Chinês para Controle e Prevenção de Doenças, admitiu que “as taxas de proteção das vacinas existentes não são altas”.
Um estudo da Universidade do Chile revelou ser apenas 3% eficaz após a primeira dose, aumentando para 56,5% duas semanas após a segunda. Outro estudo no Brasil descobriu que a eficácia pode ser tão baixa quanto 50%, o que apenas atende ao limite da Organização Mundial da Saúde para uma vacina aceitável.
Para efeito de comparação, as vacinas Pfizer e Moderna têm taxas de eficácia de 95% e 94%, respectivamente, enquanto a da AstraZeneca é de cerca de 79%. Testes com dezenas de milhares de pacientes que receberam as vacinas dos EUA e da Grã-Bretanha descobriram que eles interromperam até 100 por cento das hospitalizações e mortes, em comparação com os 84% do CoronaVac.
O Ministério da Saúde já distribuiu 47,2 milhões de doses da Coronavac/Butantan
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