PERSEGUIÇÃO: CPI da covid aprova quebra de sigilo de responsáveis por sites de direita
Parlamentares retiraram o Grupo Jovem Pan da pauta, mas decidiram pela quebra de dados de responsáveis por veículos conservadores
Os senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid aprovaram, nesta terça-feira (3), a quebra de sigilos de sites conservadores acusados pelos parlamentares de supostamente disseminarem notícias falsas durante a pandemia. Os requerimentos atingiram cinco veículos de comunicação.
A requisição para quebra do sigilo da Pan havia sido protocolada por Costa e Calheiros na sexta-feira (30) e, desde então, gerou muitas críticas entre parlamentares e órgãos de imprensa. Antes de iniciar a sessão desta terça, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), indicou que retiraria a solicitação de pauta.
Calheiros, por sua vez, atribuiu a proposição a um “equívoco de sua assessoria”. O texto do pedido apresentado por ele e Costa era basicamente uma cópia de outros requerimentos que tinha como alvos integrantes do chamado “gabinete do ódio”, forma que opositores do governo usam para se referir a alguns apoiadores de Bolsonaro.
Além disso, ainda foi aprovado um requerimento solicitando à plataforma WordPress todas as informações correspondentes ao site www.republicadecuritiba.net, o que inclui a identificação dos “responsáveis, elaboradores, editores e quem paga pelos serviços da empresa, com nomes, registros junto à WordPress, seus respectivos documentos e certificados cadastrais junto à Receita”.
Além das quebras de sigilo, a CPI aprovou a convocação de testemunhas ligadas a Francisco Emerson Maximiano, dono da Precisa Medicamentos. Entre os convocados, estão Danilo Trento, Gustavo Trento, Leonardo Gomes, Elson Júnior, Raphael Abreu e José Júnior. Todos participaram de viagens à Índia com Francisco.
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