Policial civil do DF investigada por stalking esfaqueia ex-namorado e fura pneus de carro
Rafaella Motta chegou a ser presa preventivamente em agosto, mas foi liberada. Na madrugada deste domingo (28/11), ela foi até a casa do ex, furou os pneus e desferiu golpes de canivete nas costas dele. Na delegacia, assinou um termo circunstanciado e foi novamente liberada
Mesmo depois de ser liberada da Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF) em pouco menos de seis meses após ser presa por perseguir o ex-namorado, a policial civil do DF Rafaella Motta voltou a cometer crimes e esfaqueou o ex com canivete, na madrugada deste domingo (28/11). Em agosto, a servidora teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e ficou na Colmeia, mas foi solta pouco tempo depois.
O ex notou um movimento estranho nas redondezas de casa e chegou a registrar boletim de ocorrência. Em depoimento, o homem contou que Rafaella invadiu a residência e furou os dois pneus do carro dele. A vítima teria ido atrás dela, quando foi atingido com dois golpes de canivete nas costas e uma mordida no peito. Apesar dos ferimentos, o caso não é tratado como tentativa de homicídio, mas como lesão corporal. A vítima passa bem.
Na delegacia, Rafaella assinou um termo circunstanciado de ocorrência (TCO) e foi novamente liberada. Em defesa, ela alegou que passou ocasionalmente pela rua do ex, quando ele tentou correr atrás dela. Disse, ainda, que tentou fugir e, “assustada pegou o canivete na bolsa”, afirmando que o ex pulou sobre ela para imobilizá-la e acabou se lesionando. Questionada sobre ter furado os pneus do carro, a mulher afirmou que não tem envolvimento com o dano e acredita que o próprio ex fez isso para incriminá-la.
Ocorrências
Rafaella foi presa em 3 de agosto após invadir a Corregedoria da PCDF, no Departamento de Polícia Especializada (DPE), para tentar impedir o depoimento do ex-namorado, o mesmo lesionado com canivete. Três dias depois, ela teve a prisão preventiva decretada pela Justiça por falsidade ideológica e coação.
Ela chegou a ir para a PFDF, mas foi solta logo depois. Em 2018, a policial ameaçou um homem com quem namorava, segundo denúncia apresentada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). A vítima relatou que conheceu a agente por meio de um aplicativo de relacionamento. Após desentendimentos entre o casal, o companheiro quis romper a relação, mas ela não aceitava o término e ligava insistentemente para ele.
Em 10 de março daquele ano, a agente esteve no endereço dele, onde ficou por várias horas e só saiu depois de a vítima aparecer e dizer que os dois poderiam se encontrar no dia seguinte. “Nos encontros seguintes e (após) contatos telefônicos, o ofendido insistiu em terminar o relacionamento com a imputada, mas ela não concordou, passou a procurá-lo e a ligar insistentemente para ele, inclusive em seu local de trabalho (Banco do Brasil), gerando-lhe desgastes e transtornos”, diz um dos trechos do documento.
Em uma das ocasiões, a policial o ameaçou e disse que ele “estava mexendo com fogo, que faria vexame no trabalho dele para fazê-lo perder o emprego e, ainda, a fim de amedrontá-lo, insinuou que também faria mal aos familiares dele, dizendo que, se contasse alguma coisa, seria pior, que tudo voltaria em dobro para ele e sua família”.
Ela foi condenada pela Justiça nesse processo e recebeu pena de restrição de direitos, podendo responder em liberdade. A reportagem tentou contato com a agente, mas não teve retorno até a última atualização deste texto. O espaço permanece disponível para manifestação.
Fonte: Correio Braziliense
Postar um comentário
ATENÇÃO!!!! COMENTÁRIOS LIBERADOS!!!! MAS...O BLOG não se responsabiliza por comentários que contenham ataques pessoais e ou ofensas a pessoas físicas, jurídicas ou conteúdo que possa por ventura ser interpretado, pelos órgãos de correição, como transgressão da disciplina, crime militar ou comum. Neste espaço não é permitido a discussão de temas militares, por conta da legislação castrense. Na medida do possível o administrador do BLOG irá moderar os comentários que julgar necessário.