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Falam de tudo, menos da recomendação do remédio pra vermes.


Transeuntes em rua do Japão

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Apesar de ter nível de vacinação semelhante ao de muitos países, Japão experimentou queda no número de casos de Covid-19 sem precedentes


O Japão estava no meio da quinta e maior onda de Covid-19 desde o início da pandemia. Chegou a registrar mais de 20 mil casos diários.

O recrudescimento foi em grande parte impulsionado pela variante Delta, que, devido à sua alta transmissibilidade, acabou substituindo outras mutações do Sars-CoV-2 e se tornou a cepa predominante do vírus em diversos países.

A partir dali, contudo, o volume de casos diminuiu significativamente e hoje, enquanto vários países com percentual de vacinação semelhante lutam contra uma nova onda de infecções, o Japão registra pouco mais de 100 novas infecções por dia (dados de 23/11). Relata a BBC

Desde que o último estado de emergência foi encerrado no país no início de outubro, os trens, cafés e restaurantes estão constantemente cheios - ainda que a população continue observando medidas de distanciamento social e o uso de máscaras.

Mulher sendo vacinada por profissional da saúde dentro de um pachinko

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Cerca de 75% da população do país foi imunizada

A hipótese da 'auto-extinção'

Para alguns cientistas, a queda no número de casos poderia ser explicada por um movimento de "autodestruição" da Delta em meio a seu desenvolvimento evolutivo na população japonesa.

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Fim do Talvez também te interessA hipótese foi levantada diante das diferenças crescentes entre as características da pandemia no Japão, onde 75% da população foi vacinada, e outros países com nível semelhante de imunização.

A Espanha, por exemplo, que tem um terço da população do país asiático e onde 80% dos residentes já foram vacinados, segue com dificuldade para achatar a curva de infecções e registrou quase 7 mil novos casos no último dia 23.

"A variante Delta no Japão era altamente contagiosa e, com o tempo, substituiu outras cepas. À medida que as mutações se acumularam, contudo, acreditamos que o vírus tenha se tornado defeituoso, incapaz de se replicar", disse o geneticista Ituro Inoue, do Instituto Nacional de Genética do Japão, ao jornal The Japan Times.

"Considerando que os casos não aumentaram, acreditamos que, em algum momento durante essas mutações, o vírus se encaminhou para sua extinção natural", acrescentou o cientista.

Restaurante cheio no Japão

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