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Homem tem mal súbito e morre após trote do falso sequestro


Irmã de Genilson Oliveira havia sido supostamente sequestrada

Monique Mello 
Genilson Oliveira Foto: Reprodução/Redes Sociais

Genilson Oliveira, um comerciante de 49 anos, sofreu um mal súbito e morreu logo após sua família ser vítima do golpe do falso sequestro em Samambaia Norte, no Distrito Federal. Na ligação, o golpista informou que a irmã dele havia sido sequestrada e estava ameaçada de morte.

O pai de Genilson, Geraldo Oliveira, de 72 anos, que atendeu a ligação. Ele conta que ouviu uma voz de mulher.

– Pai, estou passando mal porque tem uns bandidos que entraram dentro de casa – diziam na ligação, segundo Geraldo.

– Só quem tem esse número [do telefone fixo] é minha filha, que mora perto. A gente perde o rumo de casa, não assimila mais a voz – explicou Geraldo.

De acordo com Geraldo, uma voz masculina assumiu a ligação, começando a fazer ameaças.

– Uma tortura psicológica que não tinha tamanho – disse.

Enquanto o pai estava ao telefone, Genilson foi até à casa da irmã se certificar de que estava tudo bem com ela.

– Encontraram ela lá, sem problema algum, e a trouxeram – relatou o idoso.

Após terem certeza de que se tratava de um trote, Genilson disse que a ligação “era conversa de quem não tinha o que fazer” e saiu para pegar um copo d’água. Neste momento, sofreu um mal súbito e caiu na cozinha.

– Ele foi tomar água para dormir, mas caiu antes de chegar no filtro – contou o pai de Genilson.

– Ele [o golpista] falou que levaria a vida da minha filha, mas levou a do filho, que para nós era tudo. Ele era um bom pai, um bom filho. Abalou muito a nossa família. Nós estamos em pedaços – desabafou o idoso.

Genilson ainda foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu. De acordo com a família, o comerciante era hipertenso e havia sido diagnosticado recentemente com início de diabetes, mas desconhecia qualquer problema cardíaco.

O corpo de Genilson foi enterrado na quarta (7), no Cemitério de Taguatinga.

O caso foi registrado na 26ª Delegacia de Polícia. De acordo com o delegado Fernando Fernandes, o criminoso pode responder por extorsão, estelionato, homicídio culposo e até doloso, com dolo eventual. A linha telefônica que fez a ligação já foi identificada.
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