24 C
pt-BR

Saiba quem é Patrícia Lélis, jornalista foragida do FBI

 


A jornalista Patrícia Lélis, de 30 anos, é acusada por fraudes financeiras avaliadas em 700 mil dólares (mais de R$ 3,4 milhões), nos Estados Unidos. De acordo com autoridades do estado da Virgínia, a brasileira prometia regularizar a situação de estrangeiros no país por meio de um visto que fornece residência e, em alguns casos, cidadania mediante investimento em empresas norte-americanas. Lélis teria se apresentado como mediadora do processo, mas é acusada de captar os recursos das vítimas para sua conta bancária pessoal.
A jornalista disse já ter mantido um relacionamento com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que também já foi alvo de uma denúncia da ex-militante, que mudou de lado e passou a se declarar petista. No Partido dos Trabalhadores (PT), por sua vez, Lélis acabou expulsa sob acusações de discurso de ódio.
Até agosto de 2016, Patrícia Lélis era militante do Partido Social Cristão (PSC), legenda hoje incorporada ao Podemos que, até então, abrigava Jair Bolsonaro. Ela rompeu com o partido conservador e também denunciou Talma Bauer, chefe de gabinete de Feliciano, por supostamente mantê-la em cárcere privado e tê-la obrigado a publicar vídeos negando as acusações contra o pastor.
A queixa contra Talma Bauer estava no âmbito da Polícia Civil de São Paulo. Ao fim do inquérito, em agosto de 2016, Patrícia Lélis acabou indiciada por denunciação caluniosa e extorsão.
Em dezembro de 2018, o Ministério Público do Distrito Federal finalizou a investigação aberta contra Marco Feliciano. O MP alegou “não vislumbrar elementos mínimos para a propositura de ação penal” e o juiz Aimar Neres de Matos, da 4ª Vara Criminal de Brasília, arquivou o processo.
MUDANÇAS
A vida pública de Patrícia Lélis é marcada por mudanças repentinas de posicionamento político. Em publicação no Facebook, em 2017, Lélis afirmou que Lula a havia “recebido” e ela tinha se desculpado pelos anos de militância contra o PT. A jornalista publicou o texto como legenda de uma foto em que aparecia abraçada ao petista. Na época, o Instituto Lula informou que a fotografia havia sido feita em um seminário em que o presidente abraçava e concedia fotos a todos que assim o pediam.
Em 2018, ela se candidatou a deputada federal pelo PROS, mas não foi eleita. Lélis, em seguida, filiou-se ao PT, mas foi expulsa do partido em 2021 sob acusações de transfobia.
Ao comentar nas redes sociais sobre o uso de banheiros públicos por pessoas transgênero, setores do partido pressionaram pela expulsão da jornalista.
INDICIAMENTO NOS EUA
Na Justiça americana, Patrícia Lélis foi formalmente acusada pelo “grande júri”, instituição responsável pela fase de inquérito, e é procurada pelo Federal Bureau Investigation), órgão do governo americano que equivale à Polícia Federal. De acordo com as autoridades locais, ela se apresentava às vítimas como advogada de assuntos relacionados à imigração.
Os vistos E-2 e EB-5 garantem residência fixa nos Estados Unidos, mas exigem, em contrapartida, investimentos do interessado – “recursos substanciais”, segundo a legislação – para criação de empregos em empresas norte-americanas.
Segundo a Procuradoria da Virgínia, a investigação coletou indícios de que Lélis, em posse dos recursos, os utilizou em benefício próprio.
– Em vez de investir o dinheiro conforme prometido, (Patrícia) Lélis supostamente o usou para pagar a entrada de sua casa em Arlington (Texas), reformas de banheiros e outras despesas pessoais, como dívidas de cartão de crédito – disse a Procuradoria.
*AE
Postagens mais antigas
Postagens mais recentes

Postar um comentário