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30 ANOS DO TETRA: CONQUISTA SEM ARTE, MAS COM MUITA GARRA E A TAÇA NA MÃO

 30 ANOS DO TETRA: CONQUISTA SEM ARTE, MAS COM MUITA GARRA E A TAÇA NA MÃO

*Luciano Lima

O futebol brasileiro, genial nas conquistas de 1958, 1962 e 1970, e injustiçado pela história e pelo destino em 1950 e 1982, esperou 24 anos para celebrar um novo triunfo. Hoje, 17 de julho de 2024, completa 30 anos da conquista inesquecível de uma seleção que até hoje é injustiçada.

A Copa do Mundo de 1994, realizada nos Estados Unidos, mostrou pela primeira vez ao mundo uma decisão nos pênaltis do maior torneio de seleções do planeta. Será esse o motivo para torcerem tanto o nariz para a seleção do técnico Carlos Alberto Parreira e do coordenador técnico Zagallo?

É fato que a conquista brasileira é mais lembrada pelo pênalti errado batido pelo italiano Roberto Baggio do que por qualquer outro motivo. O Brasil chegou realmente desacreditado, com muitos jogadores alvos de críticas e com remanescentes do fiasco de 1990. Mas deu certo!

A conquista de 1994 trocou o futebol arte por uma postura tática mais eficiente e uma solidez defensiva nunca antes vista na seleção brasileira de futebol. O Brasil sofreu apenas três gols em toda competição. Entre as campanhas de título do Brasil em Copas, essa foi a menos vazada. Ou seja, Parreira e Zagallo mostraram que também se ganha uma Copa do Mundo com uma boa zaga e não somente com o ataque.

E a Copa do Mundo também se ganha com um bom jingle. Não tem como esquecer o que fez parte da conquista do tetra: “Eu sei que vou // Vou do jeito que eu sei // De gol em gol// Com direito a replay // Eu sei que vou // Com o coração batendo a mil // É taça na raça, Brasil!”. E o título veio na raça mesmo!

Taffarel, Zetti, Gilmar Rinaldi, Jorginho, Leonardo, Cafu, Branco, Aldair, Márcio Santos, Ronaldão, Ricardo Rocha, Dunga, Mazinho, Mauro Silva, Zinho, Raí, Paulo Sérgio, Romário, Bebeto, Müller, Viola, Ronaldo (ainda não era o “Fenômeno”), Parreira e Zagallo entraram para a história. Podem falar o quiser. O futebol pode não ter sido tão arte, mas foi o suficiente para tirar da garganta um grito que estava preso há 24 anos.

Que a lição dos mestres de ontem sirva para os artistas dos “pincéis” desafinados de hoje. Dá-lhe, bola!

*Luciano Lima é historiador, jornalista e radialista

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