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Perseguido na Venezuela, González se asila na Espanha

Rival de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais de julho foi alvo de uma ordem de prisão. Regime venezuelano faz cerco contra opositoresO Nexo depende de você para financiar seu trabalho e seguir produzindo um jornalismo de qualidade, no qual se pode confiar. Seu apoio é fundamental.


FOTO: Leonardo Fernandez Viloria/REUTERS - 25.JUL.2024

Edmundo González discursa em evento de campanha

Rival de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais venezuelanas de julho, Edmundo González deixou seu país e chegou neste domingo (8) na Espanha.

González era alvo de uma ordem de prisão solicitado pelo Ministério Público e aceito pela Justiça venezuelana.

“Saiu do país o cidadão da oposição Edmundo González Urrutia que, depois de se refugiar voluntariamente por vários dias na embaixada da Espanha em Caracas, solicitou o processamento de asilo político a esse governo”

Delcy Rodríguez

vice-presidente da Venezuela, em publicação nas redes sociais

O chanceler espanhol confirmou que a Espanha concedeu asilo político ao opositor de Maduro. José Manuel Albares disse em suas redes sociais que o governo do país europeu “está comprometido com os direitos políticos e a integridade física de todos os venezuelanos”, conforme registrou o jornal Folha de S.Paulo.

María Corina Machado, principal líder da oposição venezuelana, disse que González “corria perigo, e as crescentes ameaças, citações judiciais, ordens de apreensão e até as tentativas de chantagem e coação de que ele foi objeto demonstram que o regime não tem escrúpulos nem limites em sua obsessão de silenciá-lo”, como contou o site G1.

González deixou o país em um momento de perseguição contra opositores, após ter se declarado o verdadeiro vencedor das eleições de 28 de julho. A falta de transparência na divulgação dos resultados oficiais, que deram a vitória a Nicolás Maduro, e as seguidas interferências oficiais durante a campanha fizeram com que o pleito fosse questionado interna e externamente, conforme o Nexo mostrou.

As forças de segurança de Maduro cercam desde sexta-feira (6) o prédio da embaixada argentina no país, onde estão outros seis opositores. Foi cortada a energia elétrica do local, que está sob custódia do Brasil desde 5 de agosto após a expulsão dos diplomatas de Buenos Aires.

Créditos: Jornal NEXO
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